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Vice analisa papel da ciência na pandemia

Publicado: Segunda, 27 de Julho de 2020, 13h17 | Última atualização em Segunda, 27 de Julho de 2020, 13h17 | Acessos: 438

A convite do Núcleo de Comunicação Social, Márcio Portes de Albuquerque, tecnologista sênior e vice-diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro (RJ), comenta sobre ensinamentos da ciência que ficarão para a sociedade após a pandemia da covid-19.

 

Este momento de pandemia reforçou a relevância da ciência na sociedade. Essa cultura é uma das formas de abordar e resolver problemas. Ao longo dos últimos 2,5 mil anos, é inegável que a ciência tenha conseguido desenhar impressionante panorama da evolução do universo e da espantosa diversidade da vida.

Ao longo de sua história, a ciência desenvolveu método de busca pela verdade e pelo entendimento do mundo. O método científico refere-se a um conjunto de regras de procedimentos que produzem conhecimento, seja este novo, seja este evolução de conhecimento anterior. Na maioria das disciplinas, esse método consiste em reunir evidências – baseadas em observação sistemática e controlada – e analisá-las por meio de procedimento lógico.

Em momento como o que vivenciamos, o método científico é fundamental para resolver problemas concretos que se impõem a nosso cotidiano – em escala planetária. Portanto, hoje, quando se fala de ciência, o que a sociedade espera é a apresentação de resposta clara e segura.

Mas percebemos a ansiedade da população em relação à enorme profusão de propostas vindas de diferentes grupos de pesquisa científica. Por exemplo, como se dá a dispersão do vírus?; como lidar com esse patógeno (álcool, máscaras, remédios/vacinas)?; no que podemos tocar?; devemos ficar em casa? qual a distância segura?

Essa é outra característica da ciência: quando o tema é ainda pouco conhecido ou praticamente desconhecido para ela, é comum que haja modelos, dados, técnicas e métodos distintos, até que se forme paradigma em torno da questão. E isso é salutar, pois as abordagens competem entre si e, em geral, se sobressai aquela mais eficaz e eficiente.

Em resumo: a sociedade quer dos cientistas respostas rápidas. Mas o tempo da ciência é o tempo do método científico, ou seja, aquele necessário para que o conhecimento seja validado.

 

Método e lição

Outro modo de expressar isso: o que percebemos neste momento de pandemia é o trabalho de fronteira da ciência. Portanto, cheio de dúvidas e urgências em face ao processo de busca por conhecimento do objeto em estudo – basicamente, um vírus e a doença que ele causa.

Portanto, reforçando: opiniões divergentes e aparentemente confusas são parte salutar desse trabalho de fronteira. Isso é também consequência do aspecto social da ciência: ela é feita por pessoas e instituições que se relacionam, de modo complexo, em vários níveis. E isso toma tempo.

No âmago desse cenário, está fato importante neste momento de pandemia: decisões estratégicas em relação à pandemia devem estar baseadas na ciência (nas leis, obviamente) pelo fato de que o conhecimento científico é submetido à análise de especialistas e referendado por estes.

O bom jornalismo – e a divulgação científica crítica, que enxerga e retrata a ciência como ela é – são instrumentos fundamentais para esclarecer o papel da ciência e revelar as mazelas e consequências devastadoras do obscurantismo e pensamento anticientífico.

E, em caso de ser tomado por dúvida sobre o papel e o valor da ciência, lembre-se das sábias palavras do físico de origem alemã Albert Einstein (1879-1955): “Uma coisa que aprendi ao longo da vida: nossa ciência, quando confrontada com a realidade, é primitiva e infantil, mas é a coisa mais preciosa que temos.”

Por fim, vale lembrar uma das grandes lições dessa pandemia: a parte (ações individuais) tem grande impacto sobre o todo (coletivo). O amplo entendimento desse conceito, talvez, seja um dos maiores desafios para as próximas décadas. 

 

Márcio Portes de Albuquerque

Tecnologista sênior

CBPF

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