Arquivo Nacional divulga foto histórica com posse de Lattes no CD do CNPq
O físico brasileiro César Lattes (1924-2005), primeiro diretor científico e um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro (RJ), foi homenageado pelo Arquivo Nacional.
A postagem ‒ feita na conta do Arquivo Nacional no Facebook ‒ destaca o então Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) ‒ hoje, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que completa 69 anos neste mês.
Lattes foi presidente do Conselho Diretor (CD) do CNPq e teve forte participação na criação da instituição. Na foto, o físico brasileiro aparece assinando sua posse no CD, em 16 de abril de 1951 ‒ praticamente, três meses depois da criação do CNPq, em 15 de janeiro daquele ano. Dois anos antes, também em 15 de janeiro, se dava a criação do CBPF.
A imagem faz parte do ‘Fundo Agência Nacional’ do Arquivo Nacional e pode ser recuperada, na internet, por meio do código BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PPU_04405_002 ‒ o que leva a resultados que mostram as contas no Pinterest e Flickr do Arquivo Nacional.
Posse de Lattes como presidente do Conselho Diretor do CNPq, em 16 de abril de 1951
(Crédito: Arquivo Nacional)
Raízes imperiais
O Arquivo Nacional é um órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública voltado para a catalogação, preservação e divulgação de documentos públicos e privados, de pessoas físicas e jurídicas. Atua também junto a instituições públicas na gestão e preservação de seus documentos.
Segundo verbete da Wikipédia, a instituição foi criada em 2 de janeiro de 1838, como Arquivo Público do Império, ação prevista na Constituição de 1824. Juntamente com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Academia Imperial de Belas Artes ‒ hoje, Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro ‒, sua criação fazia parte de um esforço do Império para a estruturação do Estado.
Projeto de nação
Lattes ganhou fama a partir da segunda metade da década de 1940, quando, no Reino Unido e nos EUA, teve participação decisiva na detecção do chamado méson pi, partícula responsável por manter o núcleo atômico coeso. De volta ao Brasil, seus feitos motivaram uma campanha pública ‒ na qual se envolveram cientistas, militares, empresários, políticos, artistas etc. ‒ em prol da fundação de uma instituição voltada, em regime integral, à pesquisa em física no Brasil. Nascia, assim, em 15 de janeiro de 1949, o CBPF.
A reboque da fundação do CBPF ‒ ocorrida em um momento no qual ciência era parte de um projeto de nação ‒, veio boa parte da infraestrutura político-administrativa da ciência no país, como a criação não só do CNPq, mas também da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), bem como de fundações estaduais de amparo à pesquisa.
Lattes teve sete indicações ao Nobel de Física e é hoje um dos cientistas mais reconhecidos da ciência no Brasil, ao lado, por exemplo, dos sanitaristas Oswaldo Cruz (1872-1917) e Carlos Chagas (1879-1934).
Cássia Ramos
Núcleo de Comunicação Social
CBPF
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