A Física está de luto: Morre, aos 90 anos, Herch Moysés Nussenzveig
O Professor Emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Herch Moysés Nussenzveig, faleceu no último sábado, 05/11, no Rio de janeiro, aos 90 anos de idade.
Nussenzveig construiu uma brilhante carreira como professor e pesquisador, tendo atuado em diferentes instituições, como: Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A graduação em física veio em 1954 e o doutorado em 1957, ambos pela Universidade de São Paulo (USP). Fez estágios de pós-doutoramento na Universidade de Eindhoven (1958) e na Universidade de Utrecht (1959), ambas na Holanda; no Instituto Nacional de Tecnologia de Zurique (ETHZ, na sigla em alemão), na Suíça (1960) e na Universidade de Birmingham (1960), na Inglaterra. Foi professor visitante (1963-1964) na Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos e (1964-1965) no Instituto de Estudos Avançados de Princeton (IAS, na sigla em inglês); na Universidade de Rochester (1968-1975), nos EUA e na Universidade de Paris-SUL (1973), na França. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física – SBF (1981-1983), membro da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP, na sigla em inglês), nos EUA (1987-1993).
Ao longo da sua brilhante carreira como professor e pesquisador, Moysés se destacou em várias frentes de atuação.
Como pesquisador na área de ótica e afins, Moysés aliava a intuição física com uma sólida base matemática.
Escreveu livros que se tornaram clássicos obrigatórios nas várias áreas de sua atuação: ótica quântica, causalidade e relações de dispersão, e espalhamento da luz no regime semiclássico, além da coleção Curso de Física Básica, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de 1999.
Seu último livro de divulgação, "De Onde Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos? Como a Ciência Explica a Origem e o Funcionamento da Vida,” foi lançado em 2019.
Foi homenageado com a criação de uma cátedra que leva seu nome na Universidade de Tel Aviv (1993) e recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e o Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia em 1995. Era membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências da América Latina e da Academia Mundial de Ciências.
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